A fórmula da
abundância financeira é simples:
1- Gaste
menos do que ganha e invista bem a diferença.
2 – Depois
reinvista seus retornos para obter retornos compostos até atingir uma massa
crítica de capital investido que crie a renda anual que você deseja na vida.
Vamos
discutir os componentes dessa fórmula e entender porque na maioria da vezes não
conseguimos dar nem o primeiro passo.
Como gastar
menos do que se ganha?
1º passo:
eliminar perdas displicentes de dinheiro, não desprezando os pequenos valores
nem uma boa negociação.
2º passo:
reduzir gastos desnecessários, enquadrando seu padrão de vida em suas
possibilidades de ganho. Esse é o passo mais difícil, pois trata-se de um
problema cultural.
3º passo:
substituir gastos burocráticos e que pouco agregam por outros que realmente lhe
tragam qualidade de vida, bem-estar e sentimento de realização pessoal.
Para
conseguir seguir esse três passos é necessário estabelecer uma forma de
controlar melhor o destino de seu dinheiro. Para ajudá-los nessa missão segue o
link de uma planilha eletrônica de fácil preenchimento disponível no site da
Bovespa: http://bit.ly/16VdmDu.
Depois de
relacionar todos seus recebimentos e gastos já é possível saber quanto sobra ou
quanto falta de sua renda no final do mês. Estude sua planilha de gastos.
Estude cada despesa que tem. Veja o que pode ser reduzido sem prejudicar seu
padrão de vida.
A teoria dos
baldes
A teoria dos
baldes é uma metáfora para a alocação de recursos que pode ajudar na
organização do seu planejamento financeiro. Cada balde recebe parte de suas
receitas. Todo mês devem ser preenchidos, sucessivamente, três baldes
diferentes em ordem de importância.
O 1º balde é
o do bem-estar, ou dos gastos básicos
O 2º balde é
o dos investimentos.
O 3º balde é
o do luxo.
O sucesso da
teoria depende do tamanho que você dará a cada balde. No primeiro balde
entraram os recurso básicos para a manutenção de sua vida. Gastos como
aluguéis, condomínio, planos de saúde, seguros, alimentação, transportes e
combustíveis, remédios, manutenção do automóvel, manutenção da casa, contas de
consumo (água, luz, telefone, gás) e impostos. A qualidade de vida, as práticas
esportivas e terapias, o dízimo da igreja e as doações também entram no balde
do bem-estar por serem compromissos com você mesmo e portanto fundamentais na
sua vida. Gastos com diversão e hobbies também são fundamentais nesse balde.
Vale lembrar que ter um plano de enriquecimento não significa passar por
privações.
Se seus
recebimentos forem suficientes para preencher o balde do bem-estar e houver
sobras, esse balde transbordará. E somente quando ele transbordar é que você
passará a encher o balde dos investimentos, o segundo mais importante. Não
adianta tentar enchê-lo antes, pois você se verá obrigado a esvaziá-lo novamente
no balde do bem-estar. As necessidades primárias devem ser atendidas primeiro.
Aqui está o
ponto-chave do sucesso financeiro. Você construirá sua abundância financeira se
souber dar ao balde do bem-estar o tamanho adequado a seus planos de riqueza.
Vale lembrar que o bom planejamento financeiro significa gastar bem e com
qualidade o que ganhamos, poupando com disciplina o mínimo necessário para que
o nosso bom padrão de vida se sustente no futuro. estamos tratando aqui de
equilíbrio e sustentabilidade, não de obsessão pela poupança.
Se seus
rendimentos forem mais que suficientes para encher os dois primeiros baldes, o
segundo também transbordará. Se você vive bem e poupa o suficiente para
continuar vivendo bem no futuro, você pode começar a encher o terceiro e último
balde, o balde do luxo. É importante deixar espaço para curtir o luxo hoje.
Colha o que foi plantado. Só não deixe de ser fiel a seu planejamento, encha os
dois primeiros baldes.
Importante!
Não se deve eliminar um plano se os recebimentos forem insuficientes para
encher os dois primeiros baldes. Eles podem ser insuficientes hoje, mas se
forem suficientes para encher o primeiro balde e ainda sobrar um pouco, em
algum momento se encherão os dois baldes.
A razão
disso está no destino dado a cada recurso colocado em cada balde. Todo o
dinheiro colocado no balde do bem-estar vai embora. Você passa esses recursos a
seus credores, paga as contas e nunca mais os vê nas mãos. Já o balde dos
investimentos não passa os recurso para terceiros. Todo o conteúdo desse balde
é voltado para a sua poupança. A poupança, que será sempre sua, começará a
gerar renda, aumentando seus recebimentos e fazendo com que mais sobras do
primeiro balde comecem a encher o segundo.
Chegará o
momento em que a soma de seus rendimentos mensais, mais a renda de seus
investimentos, será suficiente para encher os dois baldes. Então você estará
pronto para pôr em prática seu plano para atingir a independência financeira.
Massa
crítica: Atinja a independência financeira
A segunda
parte da fórmula da abundância financeira determina que você deve reinvestir
seus retornos para obter retornos compostos até atingir uma massa crítica de
capital investido que crie a renda anual que deseja para sua vida.
Massa
crítica é o volume de recurso que você precisará ter em uma aplicação segura,
que gere juros sobre esses recursos, de forma que a renda gerada seja
suficiente para cobrir todos os seus gastos mensais com segurança.
Ao atingir a
massa crítica, podemos nos considerar financeiramente independentes ou mesmo
aposentados, pois todos os gastos necessários à sobrevivência são pagos sem que
tenhamos de trabalhar. É uma meta fantástica, que lhe trará grande bem-estar.
Não há dúvida que vale a pena persegui-la.
Temos então
boa parte do plano já definida. Nosso problema agora é trabalhar com os
números. Precisamos determinar o tamanho do balde dos investimentos para
atingir sua independência financeira. Nesse ponto é fundamental contar com o
auxílio de um especialista para não por em risco o plano e buscar oportunidades
com segurança.
Fagner
Nogueira Marques é sócio fundador da Nogueira Marques Consultores Associados,
advogado, economista, consultor financeiro com certificação CPA-20 e ministra
palestras sobre educação financeira para empresas e a
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